Casamento não é cabo de guerra
O cotidiano exige de nós uma constante luta. Na vida, em algumas ocasiões, é preciso competir para conquistar espaço, obter reconhecimento e ser vitorioso.
Alguns casais podem reproduzir esse comportamento em casa, gerando disputas desnecessárias enquanto deveriam estar trabalhando juntos.
Disputam quem ganha mais, quem trabalha mais, quem é mais independente, competem pela atenção dos filhos... Até que começam a tentar desestabilizar o adversário, fazem a vida do outro ser mais difícil, ferem para se sentir melhor, para tentar vencer.
Com a repetição, esse passa a ser o padrão familiar: o casamento se torna um cabo de guerra.
É como se os dois não percebessem que não estão em lados contrários do jogo, mas sim no mesmo time. E um time que não joga junto perde a partida. Todos perdem!
Esse padrão pode ser interrompido no início se um dos dois estiver disposto a não se importar em “perder” essas disputas imaginárias. Se um não se importar em perder, o outro não vai se importar em ganhar — e o jogo perde a graça.
É preciso se alegrar com as conquistas de quem se ama. Todo o resto é egoísmo, inveja, rancor, desamor. Você não quer que seu time ganhe? Talvez você não faça o gol, mas vai passar a bola.
Mas se o padrão está muito estabelecido a ponto de fazer parte da família e dificultar a comunicação, é preciso procurar ajuda profissional. É como um tempo técnico: um tempo e lugar de ajustes, hora de traçar um plano de ação, de sair da disputa para retornar mais forte.
É hora da terapia!
Pode ser que seu time ainda tenha solução. Não desista se o jogo não acabou!